O inverno desliza
no corpo que espera.
...
desde que se foi o meu amado
não há almíscar,
o perfume desertou a vida,
o vinho não sabe a prazer.
já não me acolhe, a noite,
é escuridão sem voz .
O vento não se oculta no deserto,
nem fala aos meus quadris
nenhuma dança.
desde que se foi o meu amado
o inverno não se cansa de ser eu.
Silvia Chueire
eu
que longe de ti sou fraca
eu
que já fui água, seiva vegetal
sou agora gota trémula, raiz exposta.
Mia Couto
Saudade
Imagem: Keiichi Tsuji/amanaimages/Corbis
que longe de ti sou fraca
eu
que já fui água, seiva vegetal
sou agora gota trémula, raiz exposta.
Mia Couto
Saudade
Imagem: Keiichi Tsuji/amanaimages/Corbis
18 comentários:
Eu sou o inverno que se espera
o vinho que se bebe
na vida degradada do tempo
para me esquecer vegetal
que já fui água
que já matei sedes
e alimentei raízes
de ser quem não sou
na seiva da chuva
que choveu as gotas
expostas à memória
do amor amado.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 07/10/2010
Olá Inês...
Recentemente comecei a pensar que os americanos estão mexendo no tempo, devem estar empenhados em colocar espelhos no céu no intuito de dividir o dia...
Porque, antigamente sobrava mais tempo para realizar muitas coisas. Entretanto, agora o tempo se esvai de forma assustadora. Acaba o dia, e só dá para fazer uma ou duas coisinhas... (Quando dá).
Eu pensava em voltar para o Rio de Janeiro ainda esse mês de outubro, mas se eu não agilizar a moçada, vou ficar mesmo é na praia...
E o pior é que já acho que sou lento demais, mas ainda consigo encontrar gente mais lenta do que eu... (rs).
Acho que tenho que me conformar que Deus -o todo poderoso- fez o mundo em seis dias e os teólogos afirmam que cada dia de Deus são mil anos dos nossos...
Acho que vou ter que ter paciência querida Inês, ou então, me transformar num boto cor de rosa. (rs).
Conhece alguma receita?
Um beijo.
Inês querida
obrigado pelo teu carinho
vou fazer uma breve pausa
vais no meu coraçâozinho
volto breve
beijos!!
Minha amiga, passei ontem e li o lindo poema e tentei comentar, mas quem disse que aparecia o link.
Parece que agora está ok.
Espero que esteja tudo bem com você.
Um beijo
Que bom que vc voltou atras, fico tão feliz. Venho sempre, e quando vc toca musica por aqui, meu coração precisa te fazer carinhos.
xero na alma linda Ines.
"Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças"
Charles Darwin
Bjs
Insana
olá Ines
a minha pausa vai ser breve
viajo a Portugal desde dis 13 de ouct até dia 3 de nove.
saudades vou ter de ti
vivemos em amizade amamos o que escrevemos o que lemos
vivemos entre a razâo
e a paixâo
beijos querida!!
esplêndido, Mia Couto!
esplêndido, Mia Couto!
Desculpa por não comentar esse post teu hoje amiga, mas fica aqui o meu carinho por vc.
Obrigada pela sua companhia.
b eijooo.
Que poema lindo, nem sei o que dizer depois de ler tamanha preciosidade!
Beijos
Minha querida Inês,foi realmente um encantamento ler os poemas que aqui publicaste.
"eu
que longe de ti sou fraca
eu
que já fui água, seiva vegetal
sou agora gota trémula, raiz exposta."
Agarro-me a estas palavras sublimes.
P.S.
Venho pedir-te desculpa, pois estou com um problema na moderação dos comentários no meu blog. Logo que consiga resolvê-lo publicarei o teu lindo comentário ao meu poema Paixão, que amei.
Um beijinho amigo.
Inês, minha amiga, é bom volver aos teus rios: sempre sacio minha sede com águas potáveis.
Lembrei de dois versos bíblicos enquanto lia os dois fragmentos que você aqui transcreveu. Abaixo deixo os textos (Cânticos) que me vieram à mente:
“De noite, em minha cama, busquei aquele a quem ama a minha alma; busquei-o, e não o achei.” (3:1)
“Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade; pelas ruas e pelas praças buscarei aquele a quem ama a minha alma; busquei-o, e não o achei.” (3:2)
Meu abraço, sempre afetuoso, Inês: com paz.
O Inverno é mesmo o tempo que está-se a aproximar cá de Portugal. A chuva já veio, frio também já veio algum... e não tarda muito vem mesmo o Inverno.
Ao fazer umas mudanças no blogue perdi-te de vista Inês. Mas foi bom voltar a encontrar-te. A partir de agora já não te perco!
Beijinho*
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Os dois poemas são muito bonitos!
Beijos de luz e o meu carinho...
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Ai, que frio lendo estas palavras, pescadora! O inverno é sempre rigoroso, quando nos falta a certeza do verão, da primavera.
Beijos!
Magna
Vou escrever as palavras do coração
para cobrir este inverno com sorrisos, deixando longe a tristeza e as folhas caídas ao vento.
Beijos meus,
Morris
lindo, intenso, verdadeiro...
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