6 de novembro de 2013

Se o mundo fosse acabar, dançaria contigo

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No final da canção, ela se curvou e eu não estava próximo para segurar sua cintura. E caímos com violência no chão. Só deu tempo de deixar meu dorso como travesseiro de sua cabeça.  

Deitados no tapete, gargalhamos da ensurdecedora queda. Porque a queda é também improviso. A queda é onde acontece o melhor abraço. O mais humilde abraço. O mais sincero abraço. 

Naquele momento antes de subir e finalizar a coreografia, lembrei de nossa conversa durante o primeiro beijo.

Eu tinha dito com orgulho "Somos muitos", quando ela me corrigiu "Temos que ser menos, cada vez menos, até sermos um só". 


Fabrício Carpinejar