6 de junho de 2014

Espera

P Malkievicz



Não uma e meia nem sete nem quatro,
trinta e oito da madrugada,
duzentas e onze da manhã,
e uma escuridão infinita.

António Lobo Antunes
Eu Hei-de Amar uma Pedra

Horas, horas sem fim,
pesadas, fundas,
esperarei por ti
até que todas as coisas sejam mudas.
Até que uma pedra irrompa
e floresça.
Até que um pássaro me saia da garganta
e no silêncio desapareça.

Eugénio de Andrade
Espera



8 comentários:

Juani disse...

muy bonito, las horas siempre importantes en nuestras vidas

UIFPW08 disse...

Bon fin de semana
Bejos Meus siempre
Morris

Unknown disse...

Simplesmente incrível.

Duarte disse...

Que contraste! Tanto no que escrevem como no que são, ou foram!
Mas a obra fica.
Dois que, com Jorge Amado, bem poderiam ter chegado ao Premio Nobel.
Abraço-te

Thiago Cavalcante disse...

Inês, bom é o rio das suas águas. Vim dar um mergulho por aqui, por essas letras de espera. Após o mergulho, relembrei Clarice, em outra espera:

"Amar não acaba. É como se o mundo
estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera."

Um beijo, minha amiga.

Mar Arável disse...

Excelente concerto de marés

Bj

Nina Souza disse...

Lindos textos, como sempre.
beijos de luz!!

BF disse...

E passam tantas vezes devagar.... outras correm :)