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17 de abril de 2014

Te sei

Rui Molefas



Te sei. Em vida
Provei teu gosto.
Perdas, partidas
Memória, pó.

Hilda Hilst
Poesia XXIX (Te Sei)

Não sei de amor senão o não ter tido
teu corpo que não cesso de perder.


Não Sei de Amor Senão



1 de novembro de 2013

Linguagem



Quem coloca fervor e paixão na linguagem, sempre será uma tarada. 
Minha tara é a linguagem.



2 de setembro de 2013

Imensa

Google





Na cálida textura de um rochedo. Devo gritar

Digo para mim mesma. Mas ao teu lado me estendo


Imensa. De púrpura. De prata. De delicadeza.


Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão





4 de março de 2013

O cerne da semente

Google





E reverdeço
No rosa de umas tangerinas
E nos azuis de todos os começos.


Hilda Hilst
Amavisse












13 de abril de 2011

Um espaço onde não vive o adeus




 








A memória de nós. É mais. É como um sopro
De fogo, é fraterno e leal, é ardoroso
É como se a despedida se fizesse o gozo
De saber
Que há no teu todo e no meu, um espaço
Oloroso, onde não vive o adeus.

Hilda Hilst
Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão



Depois de te viver não há poente
nem o enfim de um fim.

Mia Couto
Já Não Há Domingos


Imagem retirada da Net
(desconheço a autoria)


Amigos,
O blog continuará a ser atualizado, porém os comentários
ficarão desativados por um certo período.



15 de setembro de 2008

Constatação
















O Nunca Mais não é verdade.
Há ilusões e assomos, há repentes
De perpetuar a duração.
O Nunca Mais é só meia-verdade
Como se visses a ave entre a folhagem
E ao mesmo tempo não.

Hilda Hilst
Cantares do sem nome e de partidas

Google Imagens

14 de junho de 2008

Canto triste


 












Que canto há de cantar o que perdura?
A sombra, o sonho, o labirinto, o caos
A vertigem de ser, a asa, o grito.
Que mitos, meu amor, entre os lençóis:
O que tu pensas gozo é tão finito
E o que pensas amor é muito mais.
Como cobrir-te de pássaros e plumas

E ao mesmo tempo te dizer adeus
Porque imperfeito és carne e perecível

E o que eu desejo é luz e imaterial.

Que canto há de cantar o indefinível?
O toque sem tocar, o olhar sem ver
A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis.
Como te amar, sem nunca merecer?


Hilda Hilst
A Alma Entrelaçada dos Indescritíveis



Imagem: Mary Grekos