Nas horas que se desagregam, que desfio entre os meus dedos parados, sou a que sabe sempre que horas são, que dia é, o que faz hoje, amanhã, depois. Não sinto deslizar o tempo através de mim, sou eu que deslizo através dele e sinto-me passar com a consciência nítida dos minutos que passam e dos que se vão seguir.
Florbela Espanca
Um piscar de olhos
4 comentários:
e escurece-me o coração por não ser já
o amor escorrega-me pelos dedos das mãos como quem foge de mim
e eu dele
será que florbela também quis dizer isto?
O tempo represa o que ainda é, minha cara Ivone. Quando ele, por fim, abre as comportas, o amor então escorre pelas mãos.
Obrigada pela visita.
Beijos,
porque somos impermanentes
e o tempo fica.
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obrigada pela visita.
um beijo.
Agradeço a sua visita Maria José.
Um beijo,
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